Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras
Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas
Vira o vento e muda a sorte
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdidos
Foi-se embora o vento norte
Muita neve cai na serra
Muita neve cai na serra
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem tem saudades da terra
Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza
Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura
Hoje é oficialmente o último dia das Festas de Natal (Domingo de Reis), começou no dia 24 com o dia de Consoada, onde o polvo foi Rei
sempre acompanhado pelas batatas, as couves e as rabas cozidas, e depois regado com um belo azeite transmontano.
No dia seguinte era natal, era o dia do peru, e não podiamos esquecer todas as outras iguarias de natal, como as filhoses, os sonhos, as rabanadas, a aletria, o bolo rei....
Passou mais uma semana, par uns de trabalho e para outros de ferias e chegou a passagem de ano e mais rabanadas, mais bolo rei, mais filhoses, mais um montão de coisas boas, nunca esquecendo as uvas passas e o copito de champanhe para a meia noite.
E toda esta festança acaba no Dia de Reis que foi dia 6 de Janeiro onde em Portugal ainda há algumas zonas onde se cantam as Janeiras, coisa que pelas Eiras já quase não se vê (infelizmente). Por agora é tempo de arrumar o presépio, o pinheiro e de esquecer estas iguarias que tão bem nos souberam mas que tão mal nos fizeram ao colesterol, aos diabetes e afins! Para o ano há mais!!!!!