O meu nome é Ana Catarina, sou Flaviense de gema e sempre com muito orgulho. Moro numa pequena aldeia - EIRAS - muito próximo de Chaves.
Eiras é também uma pequena freguesia com a área de 4,88 Km2 e uma população de 560 habitantes e 522 eleitores (senso de 2001); é constituída pelas povoações de Eiras, Castelo e S. Lourenço. A freguesia de Eiras, também referenciada como de Santa Maria de Moreiras do Vale, assenta na rica veiga de Chaves, na margem esquerda do rio Tâmega. Esta freguesia confina com Faiões e a cidade de Chaves.
Para lá da imagem está Faiões.
Os seus terrenos férteis situados na veiga, produzem abundantemente todos os géneros agrícolas da região, sendo de destacar as culturas de cereais, batata, legumes, frutas e bons vinhos de mesa, sobretudo o afamado vinho da Pipa e atá as cerejas.
O topónimo geográfico provém, possivelmente, dos eirados ou eiras aqui situadas, locais estes destinados às operações de tratamento e recolha de cereais.
No largo da entrada da aldeia encontra-se um belo e raro cruzeiro, com as extremidades rematadas em Flor de Lis, dos mais antigos da região, datado de 1650, muito parecido com o cruzeiro da Porta da Glória da Catedral de Santiago. Pensa-se que este local integrava um dos percursos das peregrinações a Santiago de Compostela.
O cruzeiro!!!!
O largo de boas vindas à aldeia!
A Igreja Matriz, Românica, tendo como padroeira a Senhora da Expectação, situa-se no lugar da Pipa.
Pois é, falta-lhe um sino, desde pequena que oiço dizer que este foi tirado à revelia por uma aldeia rival, mas não posso revelar o nome...
Junto ao cruzeiro estende-se a Quinta da Senhora da Conceição,hoje separada em duas partes, onde ainda, muito degradada, persiste uma capelinha adornada com uma bela janela manuelina.
A capela, ja com um armazem em anexo..............
O fundador da Quinta foi governador da Praça de Chaves, Francisco de Morais Madureira Lobo Liz e Prado do qual houve uma filha, Dona Rita Lobo Liz e Prado, mãe do último morgado da referida Quinta das Eiras e da Casa da Santa Cabeça de Chaves, cuja pedra de armas se encontra no Museu da Região Flaviense.
Outra figura notável desta aldeia foi Manuel de Morais Madureira. Considera-se que aquele belo cruzeiro, que nas extremidades da haste e dos braços, apresenta as bem configuradas Flores de Lis, poderá ter sido edificado por esta nobre família escultando nele um dos símbolos das suas armas.
Manuel de Morais Madureira, irmão de Rita Lobo Liz e Prado, desempenhou as funções de Capitão de Cavalos e Ajudante de Campo de D. Miguel de Bragança. Depois da convenção de Evoramonte, onde D. Miguel foi destinado ao exílio, este fidalgo acompanhou o rei no seu destino, tendo morrido nesse mesmo exílio. Era de família muito abastada, pois além da Quinta já referida possuía os Casais de Edral, no concelho de Vinhais e Vimioso e os Prazos de Ervões no concelho de Valpaços e de Nogueira de Barroso no concelho de Boticas.
Era também desta nobre família o último abade que residiu dentro das muralhas do Castelo de Monforte e foi este sacerdote quem mandou construir a elegante capela da Senhora da Conceição, já referida. O abandono da rica Abadia de Monforte ficou a dever-se ao mau carácter demonstrado pelo infante D. Francisco de Bragança, filho de D. Pedro II e irmão de D. João V, que era o senhor daquelas terras por direito do Infantado. Quando visitou aquele castelo e foi amorosamente presenteado pelos vereadores do município, com um cesto de figos, ele atirou-os ao presenteador, por considerar uma insignificância. Perante este gesto muito pouco abonador do carácter do Infante, tanto o abade como o governador da fortaleza, que era André da Cunha Melo, abandonaram os seus postos e cargos, regressando o abade a Eiras e o governador às suas terras de Moncorvo.
simplesmente a minha aldeia...
Castelo, pequeno povoado, nasceu e cresceu à sombra de um castro. O seu topónimo advém-lhe dessa antiquíssima fortificação e lugar de refúgio, que porventura teve o seu princípio já nos remotos tempos pré-históricos. Na parte alta do povoado encontra-se uma pequena capelinha de Santiago, heróico patrono dos cavaleiros da cruz contra os sarraceno..
São Lourenço, está situado também junto de um povoado pré-histórico. Por esta povoação também passava a via romana, que se dirigia até Pinetran. A nascente de S. Lourenço ainda existe uma ponte romana com um arco, e trechos da calçada romana. É uma povoação possuidora de campos férteis e de abundantes águas.
Sempre que Chaves foi palco de acontecimentos históricos, S. Lourenço desempenhou um papel relevante, dada a sua posição estratégico-militar. A capela, de devoção a Santiago, possui um característico campanário galaico-transmontano e no dintel da porta principal está gravada a data de 1860, data provável de uma remodelação. O templo actual, interiormente muito simples, tem coro, púlpito, pia baptismal, três altares, tribuna e sacristia.
Em termos turísticos é muito interessante admirar, do Miradouro de S. Lourenço, a cidade, o rio, a veiga até ao sopé dos montes que a rodeiam.
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