Pois é, palavras para quê? Este é o "meu", o "nosso" menino... Fica muito lindo quando se põe ao sol......
Mas a verdade é que já se notam umas rugas... Eu até acho que merecia uns carinhos... Que tal um arranjinho?
Vamos então falar da Páscoa na minha Terra.
Nesta altura do ano há as amêndoas , os ovos de chocolate, há o cordeiro que se deve comer ao almoço de Domingo de Aleluia e há o famoso Folar de Chaves.
Na semana que antecede à Páscoa cheira a folar um pouco por todas as casas, contudo, eu penso que assim seja um pouco por todas as aldeias Flavienses!
Depois de se fazer a massa, tem de se deixar levedar, em seguida são moldados com a respectiva carne de Porco a recheá-los e ficam com este aspecto mesmo antes de ir ao forno.
Depois de se aquecer o forno de lenha, colocam-se no interior e é só esperar pacientemente para os podermos provar.
Depois disto só me resta desejar uma boa Páscoa.
Palavras para quê?
Um bom pão e um bom vinho sempre fizeram parte da mesa de um bom lavrador.... Aqui está o pão, só falta o vinho!
Um dia de Inverno, decidi dar um passeio pela "Póvoa", mas é a Póvoa aqui das Eiras...
Olhei para esta árvore e achei que merecia um lugar no Eirense .
«[...] Mas o fruto dos frutos, o único que ao mesmo tempo alimenta e simboliza, cai dumas árvores altas, imensas, centenárias, que, puras como vestais, parecem encarnar a virgindade da própria paisagem. Só em Novembro as agita uma inquietação funda, dolorosa, que as faz lançar ao chão lágrimas que são ouriços. Abrindo-as, essas lágrimas eriçadas de espinhos deixam ver numa cama fofa a maravilha singular de que falo, tão desafectada que até no próprio nome é doce e modesta - a castanha.
Assada, no S. Martinho, serve de lastro à prova do vinho novo. Cozida, no Janeiro glacial, aquece as mãos e a boca de pobres e ricos. Crua, engorda os porcos, com a vossa licença.[...]»
Miguel Torga, Um reino Maravilhoso (1941)
Esta casa abandonada encontra-se logo na descida do Miradouro, em alturas, falou-se que seria reconstruída e lá iria nascer uma Taberna Típica... Contudo... é assim que se encontra...
Pois, mais uma foto já muito antiga, não sei bem a década em que foi tirada, o Campo de Futebol não era onde é agora, mas o Futebol era vivido com muito mais alegria. O único jogador que eu conheço chama-se Armindo José e é meu avô (canto inferior direito).
Aqui pelas Eiras diz-se que também os Mouros nos visitaram...
Os Mouros são um povo Árabe-Berbere que conquistou a Península-Ibérica, oriundos principalmente da região do Saara Ocidental e da Mauritânia.
Pensa-se que os Mouros entraram na região Flaviense no início do século VIII, estes vieram ocupar um espaço que até ali era ocupado pelos Cristãos.
No século IX, D.Afonso, rei de Leão, retirou o poder aos mouros na agora Cidade de Chaves, no entanto, no século X voltamos para as mãos dos Mouros para logo no século seguinte(XI), D.Afonso III de Leão voltar a conquistar a região Flaviense.
Duante a estadía dos mouros pela nossa zona, foram deixados vestígios, alguns deles nas Eiras, como é o caso destes lagares (pelo menos assim reza o povo).
Situam-se muito perto do Campo da Bola Eirense, e a verdade é que poucos lhe dão o devido valor!
Pela pequena freguesia Eirense podemos encontrar alguns vestígios de antepassados religiosos, como é o caso deste altar Pagão, já descrito em alguns livros da região . está localizado mesmo no meio do Castelo de Eiras e para muitos é uma simples fraga ali plantada.
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