Na semana passada, estava eu na conversa no MSN, quando recebo um ficheiro muito importante, o qual passo a publicar:
Passo entao a transcrever o documento:
"Exmo. Senhor Presidente da 1ª subsecção da 6ª secção da Junta Nacional de Educação
Cruzeiro de Eiras- Chaves
Tomada na devida consideração a incumbência que, por Vossa Ex.ª, me foi atribuída em seu despacho a 2 de Abril findo, cumpre-se informar V. Ex.ª, de que estudei com a maior atenção a memória e a documentação fotográfica que a acompanha relativamente ao Cruzeiro de Eiras, Chaves, reconhecendo tratar-se de um dos vários, embora pequenos, monumentos que, na sua época, fora uso erguer nas encruzilhadas dos caminhos, tanto nos de maior importância como nos vicinais.
Já existiam nos primeiros tempos da Idade-Média, e parece terem sido levantados, em sinal de expiação ou simplesmente para delimitarem propriedades de vários possuidores.
Ocupavam quasi sempre o lugar das encruzilhadas. durante os séculos XIV e XV deu-se às "Cruzes dos Caminhos" grande importância e riqueza, agrupando, às vezes, em volta do Símbolo do Redentor figuras integradas no drama da Gólgota.
A maior parte destes pequenos monumentos foram destruídos pelas guerras religiosas. Alguns desses cruzeiros que lhe resistiram chegaram a valer como verdadeiras obras de arte como os de Pleyben e do Plogastel na Bretanha.
Em Portugal abundam estes padrões de fé religiosa, principalmente em terras do Norte, como por exemplo Aguiar da Beira, Sernancelhe, etc, onde, aliás, não saem dos moldes primitivos, cujas bases escalonadas acusam plano quadrangular.
Não conhece o relator peça nenhuma, deste género, entre nós, com base octagonal do tipo do Cruzeiro de Royat que, além de ser historiado no terço inferior do fusto, tem ainda características dum gótico decadente.
Quanto ao "Cruzeiro de Eiras", nas proximidades de Chaves, a respeito do qual e da sua qualidade artística se pede o necessário parecer desta Subsecção, reconhece o relator estar-se em presença de um admirável exemplar, da espécie, acrescido da circunstância, muito para ponderar, de ser datado, pelo que se verifica pertencer aos meados do século XVII. A cruz talhada no granito da região é do chamado tipo "florenciado".
Numa espécie de estióbato composto por 5 degraus assenta a base da cruz, cujo fusto ou aste tem um hexágono por secção.
Dadas as proporções da peça e o enquadramento natural da paisagem que a cerca e ainda pela conveniência de conservar tão íntegro quanto possível padrões desta natureza, entende o relator que o "Cruzeiro de Eiras" a que a Memória descritiva elaborada pelos serviços da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais se refere deve ser classificado como imóvel de interesse público.
Lisboa 2 de Maio de 1949"
Agora olhem para a fotografia aqui em cima, tirada este Verão e comparem com a seguinte tirada em 1949.
Já em 49, um dos degraus estava quase debaixo do caminho, neste momento são quase dois os que se encontram debaixo de terra.
Agora olhem bem para as rugas:
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